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O sono de má qualidade é o principal inimigo do seu sorriso.
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Você, mãe, pai ou cuidador, provavelmente já ouviu que o leite materno é o alimento mais completo. Essa é uma verdade inquestionável. Ele é um coquetel perfeito de nutrientes, anticorpos e fatores de crescimento. Contudo, a amamentação vai muito além da tabela nutricional, ela é o primeiro e mais crucial exercício físico que o seu bebê faz. É, na prática, a primeira etapa de uma ortodontia preventiva natural e poderosa para a saúde bucal do recém-nascido.
Pois bem, partindo da amamentação como um ato complexo de desenvolvimento orofacial, vamos abordar seu impacto direto na formação óssea da face, no posicionamento da língua, no fortalecimento da musculatura e, consequentemente, na forma como o seu filho irá mastigar, falar e até respirar e dormir.
Antes de tudo, imagine a amamentação como um treino para a boca do bebê. Não é uma tarefa passiva, exige esforço e uma coordenação perfeita. Para o Dr. Frederico Coelho, fundador do CROOL Centro Odontológico, Mestre e Doutor em Implantodontia, a sucção correta no seio é um verdadeiro motor de crescimento. “A amamentação materna, no desenvolvimento orofacial, é a forma mais eficaz e fisiológica de estimular o crescimento ósseo da mandíbula (maxilar inferior). O bebê, anatomicamente, nasce com a mandíbula levemente retraída (uma condição chamada retrognatismo fisiológico). Então, para extrair o leite do seio, ele precisa realizar um movimento intenso de protrusão e retração da mandíbula, levando-a para frente e para trás, além de uma atividade rítmica da língua”, explica o especialista.
Este esforço não é em vão. Ele é o que garante o crescimento harmonioso e para a frente da mandíbula, o que é fundamental para:
Além disso, precisamos falar de outro ponto crucial da nossa análise. O ato de mamar no seio e na mamadeira são biomecanicamente diferentes. E a diferença é tão grande quanto a que existe entre fazer um exercício de musculação ou ficar sentado no sofá.
Característica | Amamentação no seio (Sucção Fisiológica) | Uso de mamadeira (Sucção Não-fisiológica) |
Movimento da mandíbula | Movimento com protrusão e retração. Grande esforço muscular e ósseo. | Movimento passivo de apertar o bico. Esforço mínimo necessário. |
Posicionamento da língua | A língua se eleva contra o palato, realizando movimentos peristálticos. | A língua se mantém baixa e horizontalizada para controlar o fluxo de líquido. |
Respiração | Exclusivamente nasal, pois a boca está vedada no seio. | Predominantemente bucal, devido à facilidade de fluxo e à ausência de vedamento labial perfeito. |
Desenvolvimento | Estimula o avanço mandibular e o crescimento facial harmonioso. | Risco de atrasar o avanço mandibular e favorecer a respiração pela boca. |
Quando a criança se acostuma a respirar pela boca — um risco aumentado pelo uso frequente de mamadeira e bicos com fluxo fácil, que não exigem esforço —, ela pode desenvolver a Síndrome do Respirador Bucal. Essa condição, além de afetar o alinhamento dos dentes, tem uma conexão direta com a qualidade do sono.
“A respiração pela boca, especialmente durante a noite, é um fator de risco para roncos e, em casos mais graves, para a Apneia Obstrutiva do Sono Infantil. O sono de má qualidade em crianças está associado a problemas como hiperatividade, irritabilidade e baixo desempenho escolar. É uma cadeia de eventos: a falta de estímulo correto na amamentação leva a um crescimento ósseo inadequado, que pode levar à respiração bucal, que afeta o sono e, consequentemente, a saúde e o desenvolvimento geral da criança”, alerta o Dr. Frederico.
O dentista, neste contexto, não é mais o profissional do “dente doente”, mas um responsável pelo desenvolvimento global do bebê.
Outro ponto que merece destaque é o papel da amamentação exclusiva e prolongada como um “escudo protetor” contra hábitos orais deletérios, como a sucção de dedo e o uso prolongado de chupeta.
A sucção é uma necessidade fisiológica. Quando o bebê é saciado pelo peito, que exige esforço e satisfaz a necessidade de sucção, a tendência a buscar consolo em outros objetos diminui drasticamente. O uso excessivo e prolongado desses hábitos é um dos maiores causadores de más-oclusões (dentes tortos).
“Existe um mito popular de que ‘dente torto é só genética’. É claro que a herança genética existe, mas a verdade é que os fatores ambientais e funcionais, como a forma de mamar, a respiração e os hábitos de sucção não nutritiva, têm um peso enorme, muitas vezes decisivo, no desenvolvimento da arcada dentária e da face”, explica o Dr. Frederico Coelho.
Além disso, é crucial desmistificar a ideia de que o leite materno causa a chamada Cárie de Mamadeira (ou Cárie da Primeira Infância). O risco não está no leite em si, mas na combinação de fatores:
O leite materno, por outro lado, possui propriedades antimicrobianas e protetoras que ajudam a inibir o crescimento bacteriano. O problema ocorre quando há um acúmulo de qualquer resíduo alimentar (incluindo o leite materno) nos dentes recém-nascidos, associado à falta de higienização. A chave é: leite materno é protetor, mas o dente que nasce precisa ser limpo.
O acompanhamento odontológico do bebê não deve esperar por um dente doendo. Ele é um cuidado preventivo de desenvolvimento. O CROOL Centro Odontológico é referência nesse acompanhamento precoce.
Portanto, para garantir o melhor desenvolvimento orofacial e a saúde bucal do seu bebê, siga este guia prático:
Primeiramente, a principal avaliação é a da amamentação. É preciso garantir que a pega no seio seja correta, pois é ela que garante o estímulo muscular ideal. Muitos bebês com dificuldades de amamentar podem ter o frênulo lingual curto (a popular “língua presa”). Esta condição limita o movimento da língua e prejudica o desenvolvimento da mandíbula.
Ação: Agende uma consulta com um odontopediatra ou um especialista em amamentação logo nas primeiras semanas de vida. Eles podem diagnosticar e orientar sobre a pega e, se necessário, realizar o procedimento da frenectomia lingual.
Além disso, o cuidado começa antes do primeiro dente. Limpar a gengiva e a língua com uma gaze úmida após a amamentação é uma prática importante. Assim que os primeiros dentes irromperem (por volta dos 6 meses), a escovação com pasta de dente fluoretada (na quantidade de um grão de arroz) se torna obrigatória.
Ação: A primeira visita ao dentista deve ocorrer com a erupção do primeiro dente ou, no máximo, até o bebê completar 1 ano de idade. O odontopediatra irá orientar a rotina de higiene e o uso correto do flúor.
O profissional de saúde bucal é o mais capacitado para monitorar o desenvolvimento ósseo e muscular. Em cada consulta, ele irá avaliar a posição da mandíbula, a forma do palato e a presença de hábitos de sucção não nutritiva (chupeta, dedo) ou a respiração bucal.
Ação: O acompanhamento regular com o odontopediatra é a melhor forma de interceptar um problema logo no início, antes que ele se agrave e exija tratamentos complexos no futuro.
A amamentação é a base da saúde bucal, ela é o alicerce onde se constrói um sorriso e um rosto saudáveis. Além disso, ela previne desvios que poderiam impactar a respiração, o sono, a fala e a autoestima de uma criança.
“A visão da odontologia moderna para bebês é puramente preventiva e preditiva. A ideia de que o dentista só trata cárie ou dente torto é obsoleta. Nosso foco no CROOL é a avaliação do desenvolvimento orofacial. A primeira consulta, que deve ocorrer antes do 1º ano, é um rápido e vital exame de desenvolvimento, que garante que o bebê está crescendo com a máxima saúde e potencial”, finaliza o Dr. Frederico Coelho.
Em outras palavras, levar seu filho ao dentista cedo é investir no desenvolvimento dele e não apenas na prevenção de doenças. É abraçar uma visão de saúde integral. Cuidado odontológico? CROOL, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.
Fonte: Estado de Minas
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