Câncer de intestino e saúde bucal: O que sua boca revela sobre o risco?

O Brasil tem enfrentado um aumento preocupante nos casos de câncer de intestino, ou câncer colorretal. Contudo, o que mais chama atenção é a faixa etária cada vez mais jovem, com pessoas de 20 a 49 anos recebendo esse diagnóstico. O alerta, antes associado à terceira idade, hoje está relacionado ao estilo de vida. Dieta desbalanceada, sedentarismo, tabagismo e o consumo de álcool são vilões conhecidos nessa história. Mas e se a gente te disser que essa rede de fatores de risco não afeta apenas o intestino, mas também, e de forma significativa, a sua boca? E mais: parece distante, mas esses dois universos podem se interligar por um outro elemento: as bactérias.

Câncer de intestino, um alerta que começa na boca

O aumento dos casos de câncer colorretal em pacientes mais jovens levanta uma bandeira vermelha. A combinação de ultraprocessados, pouca fibra, sedentarismo e hábitos como fumar e beber em excesso cria um ambiente propício para a doença. Curiosamente, esses mesmos hábitos de vida são devastadores para a saúde da sua boca.

Uma dieta rica em açúcar e carboidratos, pobre em nutrientes essenciais, não só contribui para a inflamação intestinal, mas também alimenta as bactérias “ruins” na boca, favorecendo cáries e doenças periodontais. O tabagismo (incluindo cigarros eletrônicos) e o álcool, por sua vez, são fatores de risco conhecidos para diversos tipos de câncer, incluindo o de boca e o colorretal, além de comprometerem severamente a saúde das gengivas e a produção de saliva. Ou seja, o que é ruim para o intestino, muitas vezes, também é péssimo para o sorriso.

Bactérias orais e o câncer de intestino

Nos últimos anos, a ciência tem revelado uma surpreendente e preocupante ligação entre a saúde bucal e o desenvolvimento de doenças sistêmicas, incluindo o câncer de intestino. Não estamos falando apenas de fatores de risco em comum, mas de uma relação mais direta: a migração de bactérias da boca para o intestino.

O papel da Fusobacterium nucleatum no câncer de intestino

Entre as diversas bactérias que habitam nossa boca, uma em particular tem ganhado destaque nas pesquisas: a Fusobacterium nucleatum. Essa bactéria é comumente encontrada em quadros de doenças periodontais, como a gengivite e a periodontite, que são inflamações nas gengivas.

Estudos recentes têm mostrado uma presença significativamente maior da Fusobacterium nucleatum em tumores de câncer colorretal em comparação com tecidos saudáveis. Pesquisadores sugerem que essa bactéria não apenas se instala no intestino, mas também desempenha um papel ativo na progressão do tumor. Ela parece criar um ambiente inflamatório que favorece o crescimento das células cancerígenas, além de suprimir a resposta imune do corpo, dificultando o combate à doença. É como se ela desse uma “mãozinha” para o câncer se desenvolver e se espalhar.

Como as bactérias da boca podem chegar ao intestino?

A principal forma de migração dessas bactérias é através da ingestão de saliva contaminada, especialmente quando há sangramento gengival (típico de gengivite e periodontite). As bactérias presentes na boca podem ser engolidas e sobreviver ao ambiente ácido do estômago, chegando ao intestino. Uma vez lá, podem se fixar na mucosa intestinal e, em indivíduos predispostos, contribuir para o desenvolvimento ou a progressão do câncer de intestino. Embora menos comum, elas também podem cair na corrente sanguínea através de gengivas inflamadas e alcançar outros órgãos.

Sinais de alerta na boca e a importância da prevenção integral

A boa notícia é que, ao entender essa conexão, ganhamos mais um motivo poderoso para cuidar da nossa saúde bucal. Ela deixa de ser apenas uma questão estética para se tornar uma aliada crucial na prevenção de doenças sistêmicas graves como o câncer de intestino.

Fique atento à sua saúde bucal

Quais sinais na boca podem indicar que algo não vai bem? Gengivas que sangram ao escovar ou usar o fio dental, inchaço, vermelhidão, mau hálito persistente e mobilidade dos dentes são indicativos de gengivite ou periodontite. Essas condições criam um ambiente propício para a proliferação das bactérias que podem, potencialmente, impactar sua saúde intestinal.

Higiene e check-ups são suas primeiras linhas de defesa

A escovação regular e correta, o uso diário do fio dental e as visitas periódicas ao dentista são essenciais. Essas práticas simples ajudam a controlar a população bacteriana na sua boca e a prevenir doenças gengivais.

O Dr. Frederico Coelho, especialista em Implantodontia e cofundador do CROOL, explica que “a higiene bucal regular é uma das primeiras linhas de defesa contra a proliferação dessas bactérias, que podem ter impactos sistêmicos muito além da boca.” Ele complementa, ressaltando a importância de não subestimar a conexão: “Se a boca é a porta de entrada para o corpo, mantê-la saudável é fundamental para proteger todo o sistema.”

Cuidado que vai além do sorriso

No CROOL, o maior centro odontológico do Brasil, a abordagem preventiva vai além da cavidade oral, considerando a saúde bucal como parte integrante da saúde geral do paciente. Nossos especialistas estão atentos às últimas pesquisas que conectam a boca ao resto do corpo, incluindo as relações entre câncer de intestino e saúde bucal.

Investimos em pesquisa e atualização para oferecer o que há de mais moderno em diagnóstico e prevenção, não só de problemas bucais, mas também de doenças sistêmicas que podem ter sua origem ou serem influenciadas pela saúde da boca. Nossos profissionais estão aptos a identificar sinais de alerta e a orientar sobre as melhores práticas para uma saúde integral. No CROOL, seu sorriso é apenas o começo de um cuidado completo. Cuidado odontológico? CROOL, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.

Fontes: CNN Brasil, INCA, SciELO, Cancer.gov.