Dente escurecido? O clareamento interno pode ser uma alternativa

A busca por um “sorriso de comercial de pasta de dente” é um dos principais objetivos estéticos da nossa era. No entanto, nem sempre a jornada é fácil. Alterações na cor dos dentes são mais comuns do que se imagina e podem ser multifatoriais. Diante disso, o clareamento interno pode ser uma alternativa, mas antes é preciso entender todo o contexto.

A cor dos nossos dentes é, na verdade, um reflexo de uma complexa interação de fatores genéticos. Além disso, hábitos de vida e até mesmo eventos traumáticos entram na jogada. O envelhecimento natural, por exemplo, faz com que a dentina, a camada logo abaixo do esmalte, se torne mais amarelada, enquanto o esmalte, que é translúcido, se desgasta, revelando essa cor mais escura. Além disso, o uso de certos medicamentos, como a tetraciclina (antibiótico), durante a fase de formação dos dentes, ou a exposição excessiva ao flúor, podem causar manchas intrínsecas, que são difíceis de remover. Mas a estrela (ou, nesse caso, o vilão) de hoje são os traumas e os tratamentos de canal. Já reparou como um dente que sofreu uma pancada ou passou por um tratamento endodôntico pode escurecer com o tempo?

Isso acontece porque, após um trauma ou um tratamento de canal, a polpa do dente (a parte interna, onde ficam nervos e vasos sanguíneos) pode ter uma hemorragia interna, ou simplesmente necrosar. Quando isso ocorre, produtos de degradação do sangue e da polpa ficam presos dentro da estrutura dentária, causando um escurecimento de dentro para fora. É aí que o clareamento interno entra em cena, resolvendo o problema pela raiz.

O que é o clareamento interno do dente?

Diferente do clareamento convencional, ou clareamento externo, que usa um gel clareador aplicado sobre a superfície do dente para remover manchas extrínsecas (aquelas causadas por café, vinho, refrigerantes, etc.), o clareamento interno é um procedimento que atua na parte de dentro do dente. Ele é indicado especificamente para dentes que não possuem mais vitalidade pulpar, ou seja, dentes que já passaram por um tratamento de canal.

Para o Dr. Frederico Coelho, fundador do CROOL Centro Odontológico, Mestre e Doutor em Implantodontia, “o clareamento interno é a solução ideal para casos de dentes escurecidos após um trauma ou tratamento de canal, pois ele age diretamente na origem do problema, clareando o dente de dentro para fora e restabelecendo a sua cor natural.”

A técnica mais utilizada é a “walking bleach” ou “clareamento de ambulatório”. Nela, o dentista insere um gel clareador na parte interna do dente, fecha-o provisoriamente e o paciente pode ir para casa. O gel age por alguns dias, clareando o dente gradualmente, e o paciente retorna ao consultório para a remoção do material e nova aplicação, se necessário.

Clareamento interno ou externo? Entenda a diferença

Para entender melhor a diferença, imagine a sua casa. O clareamento externo seria como pintar a fachada para esconder as manchas e dar um aspecto mais claro. Já o clareamento interno seria como entrar na casa e, de dentro, limpar as paredes manchadas de mofo, resolvendo a causa real do problema.

Enquanto o clareamento externo lida com manchas superficiais, o clareamento interno é indicado para manchas intrínsecas, que estão na parte interna da estrutura dentária. Ou seja, se o seu sorriso está amarelado de forma geral, o clareamento externo é o mais indicado. Mas se apenas um dente está visivelmente mais escuro que os demais, o clareamento interno é o caminho a seguir.

A escolha entre um e outro depende, portanto, de uma avaliação profissional cuidadosa. Como explica o Dr. Frederico, “cada caso é único e a indicação correta do tipo de clareamento é crucial para o sucesso do tratamento e, principalmente, para a segurança do paciente. Um diagnóstico preciso é a base para qualquer procedimento odontológico de excelência.”

As etapas do procedimento

O clareamento interno não é um procedimento complexo, mas exige precisão e conhecimento técnico. O processo geralmente segue as seguintes etapas:

1. Avaliação inicial: O dentista realiza uma avaliação clínica e radiográfica para confirmar a causa do escurecimento e se o dente está em boas condições para receber o tratamento.
2. Preparação: Isola-se o dente para proteger a gengiva e outros dentes. O dentista acessa a câmara pulpar (a parte interna do dente), removendo o material de obturação do canal até alguns milímetros abaixo da linha da gengiva.
3. Tampão cervical: Esta é uma etapa crucial e que merece atenção especial. O dentista cria uma barreira de proteção (o “tampão cervical”) com um material específico, como o cimento de ionômero de vidro, para isolar o material clareador do canal e da raiz.
4. Aplicação do gel clareador: O dentista insere o gel clareador, geralmente à base de peróxido de hidrogênio ou perborato de sódio, na câmara pulpar.
5. Selamento provisório: A cavidade é fechada com um material provisório, e o gel age de dentro do dente por alguns dias.
6. Sessões: O paciente retorna ao consultório para a remoção do gel e, se necessário, novas aplicações até que a cor desejada seja alcançada. O número de sessões varia de acordo com o grau de escurecimento.
7. Restauração definitiva: Uma vez que a cor esteja estabilizada, a cavidade é limpa e restaurada com material definitivo, como uma resina composta, para selar o dente e manter o resultado.

Reabsorção cervical externa e como preveni-la

Apesar de ser um procedimento seguro, o clareamento interno tem um risco potencial: a Reabsorção Cervical Externa (RCE). Essa é uma patologia rara, porém séria, que pode levar à perda do dente. Ela consiste na “dissolução” da estrutura do dente, na região próxima à gengiva, causada pela inflamação dos tecidos ao redor da raiz.

Historicamente, o risco de RCE era maior, principalmente devido ao uso de altas concentrações de peróxido de hidrogênio e a falta de um tampão cervical adequado. No entanto, a odontologia evoluiu, e hoje, com o uso de técnicas e materiais corretos, esse risco é mínimo.

O Dr. Frederico Coelho enfatiza a importância da prevenção: “A reabsorção cervical externa é um dos principais motivos pelos quais a avaliação profissional é indispensável. No CROOL, adotamos um protocolo rigoroso que inclui o uso do tampão cervical, que impede o contato do agente clareador com o canal e os tecidos externos, e o acompanhamento clínico e radiográfico constante. Esse cuidado, junto à expertise do profissional, é a chave para um tratamento seguro e bem-sucedido.”

A reabsorção cervical externa pode ser assintomática em seus estágios iniciais, o que reforça a necessidade de exames de rotina e acompanhamento com um profissional experiente.

Manutenção e cuidados pós-tratamento

Após o tratamento, a cor do dente clareado internamente costuma ser bastante estável e duradoura. No entanto, como qualquer procedimento estético, a longevidade do resultado depende dos cuidados do paciente. Manter uma boa higiene bucal, evitar hábitos que mancham os dentes (como o tabagismo) e seguir as orientações do dentista são fundamentais.

É importante lembrar que, com o tempo, pode haver uma leve recidiva da cor, mas a necessidade de um retoque é algo raro e, quando ocorre, é facilmente resolvido com uma nova sessão.

O papel da avaliação profissional na busca do sorriso ideal

O clareamento interno não é uma bala de prata para todos os casos de dentes escurecidos. A indicação correta, a técnica precisa e o acompanhamento profissional são a base para o sucesso. O CROOL Centro Odontológico oferece um ambiente ideal para quem busca não apenas um sorriso mais branco, mas uma saúde bucal completa.

Com uma equipe multidisciplinar, o CROOL é referência em tratamentos odontológicos complexos, oferecendo desde clareamentos estéticos até reabilitações orais completas, com um foco especial na segurança e na excelência. Afinal, a beleza de um sorriso reside em sua saúde e autenticidade. Tratamento odontológico? CROOL, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.