O que está por trás da perda de dentes dos brasileiros?

CROOL
17:37
20/08/2025

Cuidados, Dor, Estética, Prevenção

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Um dos estudos mais importantes da saúde pública brasileira, a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2023), lançou luz sobre nossa realidade. Os dados do relatório foram conduzidos pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os mesmos revelam que a principal causa da perda de dentes no país é a velha conhecida e temida cárie não tratada.

Antes de tudo, a cárie não tratada é uma doença completamente evitável. Apesar disso, ela é a principal causa da perda dentária em todas as faixas etárias, desde a adolescência até a terceira idade, como aponta a SB Brasil 2023. Para termos uma dimensão do problema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 3,7 bilhões de pessoas em todo o mundo sofrem com doenças bucais, e a Federação Dentária Internacional (FDI) aponta que mais de 90% da população mundial terá alguma forma de doença bucal ao longo da vida. No Brasil, os números são ainda mais alarmantes. De acordo com dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 34 milhões de brasileiros com mais de 18 anos perderam 13 dentes ou mais, e assustadores 14 milhões de pessoas já perderam todos os dentes.

O que esses dados mostram é um cenário de negligência e falta de acesso aos cuidados preventivos. A mesma pesquisa do IBGE revelou que menos da metade dos brasileiros havia consultado um dentista nos 12 meses anteriores ao levantamento. Fica evidente que a cárie, que começa como uma mancha branca no esmalte, avança silenciosamente, destruindo a estrutura dentária até o ponto em que a única solução parece ser a extração.

Entendendo o problema por trás da perda de dentes

Pois bem, para entender o tamanho do problema, o estudo da SB Brasil 2023 utiliza um indicador técnico, o índice CPO-D (Cariado, Perdido, Obturado). Em outras palavras, esse é um verdadeiro raio-x da saúde bucal. O componente “P”, que representa os dentes perdidos por cárie, mostrou-se alarmante em algumas faixas etárias. Em adultos de 35 a 44 anos, a perda de dentes já é uma realidade para uma parcela significativa da população. Mas é nos idosos, entre 65 e 74 anos, que o cenário se torna mais preocupante: a média de dentes perdidos por cárie é extremamente alta, um reflexo do acúmulo de uma vida de falta de acesso à prevenção e tratamento.

Mas por que a cárie ainda é um problema tão grande? O Dr. Frederico Coelho, Mestre e Doutor em Implantodontia, e fundador do CROOL Centro Odontológico, explica que a negligência é a maior aliada da doença. “A cárie é uma doença que, em seus estágios iniciais, é totalmente reversível e indolor. A falta de acompanhamento profissional faz com que as lesões evoluam para um ponto onde o único tratamento possível é a extração do dente”, afirma o especialista.

Para o Dr. Frederico, o cenário do relatório reforça a urgência em desmistificar a saúde bucal. “As pessoas ainda associam o dentista apenas a problemas, como dor ou procedimentos estéticos, quando na verdade o nosso maior papel é na prevenção“, explica.

O processo de destruição da cárie

Para entender por que a cárie não tratada leva à perda do dente, é fundamental saber como ela atua. A cárie dentária é uma doença infecciosa causada por bactérias que vivem na nossa boca. Quando consumimos açúcares e carboidratos, essas bactérias os transformam em ácidos. Sem uma rotina ideal de higiene bucal, esses ácidos corroem o esmalte dentário, a camada mais externa e protetora do dente, dando início à lesão de cárie.

No início, a cárie é indolor e de fácil tratamento através de uma restauração simples. Contudo, o problema começa quando essa lesão não é detectada e tratada a tempo. Dessa forma, a cárie avança, ultrapassando o esmalte e atingindo a dentina, a camada mais interna e sensível do dente. Nesse estágio, o paciente pode começar a sentir sensibilidade e dores ao ingerir alimentos quentes, frios ou doces.

Se o processo continua sem interrupção, a infecção alcança a polpa dentária, a parte mais interna do dente, onde estão os nervos e vasos sanguíneos. Isso causa uma inflamação intensa e dolorosa chamada pulpite. Como consequência, a pulpite pode levar à morte do nervo e à formação de um abscesso (uma bolsa de pus) na raiz do dente. Nesse ponto, o tratamento se torna mais complexo, exigindo um tratamento de canal para salvar o dente.

Entretanto, se mesmo essa etapa for ignorada, a estrutura do dente se deteriora completamente, ele se enfraquece e se quebra, tornando a extração a única opção. “O que começa como um problema pequeno e simples de resolver, se transforma em uma bola de neve que pode culminar na perda do dente e em sérias consequências para a saúde geral do paciente”, afirma o Dr. Frederico.

De extrações à restaurações

Felizmente, nem tudo são más notícias. Nos últimos anos, temos observado uma importante inversão de tendência. Graças ao avanço da odontologia e à maior conscientização sobre a importância da saúde bucal, as extrações de dentes vêm cedendo espaço para os tratamentos restauradores.

“Não faz sentido extrair um dente que pode ser restaurado”, defende o Dr. Frederico Coelho. Essa filosofia é o alicerce do trabalho no CROOL. O centro odontológico prioriza sempre a preservação da estrutura dentária natural. Com técnicas modernas e materiais de ponta, é possível tratar a cárie em seus estágios iniciais, e até mesmo em estágios mais avançados, com tratamentos de canal e restaurações complexas, evitando a perda do dente. Um dente natural, por mais danificado que esteja, é sempre a melhor opção em termos de função e estética.

As consequências por trás da perda de dentes

A perda de dentes vai muito além da estética. O problema impacta diversas áreas da vida de uma pessoa, com consequências fisiológicas, funcionais, emocionais e financeiras.

1. Consequências fisiológicas e funcionais

Quando perdemos um dente, a mastigação se torna mais difícil, o que pode levar a problemas digestivos. A ausência do dente faz com que os dentes vizinhos se movimentem para preencher o espaço vazio, causando desalinhamento e problemas na mordida. Além disso, a perda do dente causa uma reabsorção do osso da mandíbula, o que pode alterar a estrutura facial, dando a aparência de envelhecimento precoce.

2. Consequências emocionais

Você já ouviu falar que sorriso é nosso cartão de visitas? Então, a perda de dentes afeta diretamente a autoestima e a confiança. Muitas pessoas que perdem dentes evitam sorrir, conversar e até mesmo se alimentar em público, o que leva ao isolamento social. A qualidade de vida diminui drasticamente, e o impacto psicológico pode ser profundo.

3. Consequências financeiras

Ignorar uma cárie no início, que custaria uma restauração simples, pode resultar na necessidade de um tratamento de canal, uma prótese ou até um implante dentário, que são procedimentos mais complexos e, consequentemente, mais caros. A falta de prevenção gera um ciclo vicioso de custos mais altos e problemas de saúde bucal que poderiam ter sido evitados com visitas regulares ao dentista e uma higiene adequada.

Higiene e acompanhamento profissional são a chave para a prevenção

Antes de tudo, a boa notícia é que a perda de dentes por cárie é totalmente prevenível. O segredo está na conscientização e na adoção de hábitos simples, mas cruciais.

Primeiramente, a higiene bucal diária é o mais importante passo. A escovação, com creme dental fluoretado, deve ser feita pelo menos três vezes ao dia, após as refeições. No entanto, muitas pessoas ignoram um elemento crucial: o fio dental. “O fio dental é indispensável. Ele alcança áreas que a escova não consegue, removendo a placa bacteriana e os resíduos de alimentos entre os dentes, onde a cárie costuma se desenvolver”, explica o Dr. Frederico.

Além da higiene em casa, as visitas de rotina ao dentista para uma profilaxia (limpeza profunda) são essenciais. Durante a consulta, o profissional não apenas remove o tártaro e a placa bacteriana acumulada, mas também identifica precocemente qualquer lesão de cárie, permitindo um tratamento rápido e menos invasivo.

Por fim, no CROOL Centro Odontológico, reconhecemos que o cuidado com a saúde bucal vai muito além de tratar problemas já existentes. Acreditamos que a prevenção é a melhor forma de garantir um sorriso saudável e duradouro. Nossos dentistas estão preparados para guiar cada paciente na adoção de uma rotina de higiene eficaz e oferecer um acompanhamento personalizado. Tratamento odontológico? CROOL, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.