Jovens brasileiros em uma festa noturna fumando, alguns fumam cigarros tradicionais e outros fumam vape. Todos adeptos do tabagismo.

Tabagismo: O preço do vape e cigarro na sua boca vai além do bolso

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Vivemos um momento de ressaca preocupante. Após duas décadas de quedas consistentes, o Brasil viu o número de fumantes adultos crescer. Em suma, o índice de tabagismo saltou de 9,3% para 11,6% da população. Esse dado, que acende um grande sinal de alerta, não é um mero capricho estatístico. Na verdade, ele reflete a popularização rápida e, muitas vezes, glamourizada dos cigarros eletrônicos (vapes), especialmente entre os jovens.

Se para muitos, o vape parece uma alternativa “menos agressiva” ou apenas um acessório social, a realidade nua e crua é que estamos diante de uma nova crise de saúde pública. E se você pensa que o maior dano se restringe aos pulmões, é hora de encarar a verdade: a sua boca é a primeira vítima do fumo.

Portanto, para entender o tamanho do problema e como podemos nos proteger, conversamos com um especialista. Para o Dr. Frederico Coelho, fundador do Crool Centro Odontológico, Mestre e Doutor em Implantodontia, a odontologia tem um papel crucial nesse cenário. “A boca é a porta de entrada. Ela absorve todo o impacto inicial das substâncias tóxicas do tabaco, agindo como um biomarcador precoce do que está por vir no resto do corpo,” explica o dentista.

O que é o tabagismo e por que ele ataca sua boca?

Antes de tudo, o tabagismo é classificado como uma doença crônica causada pela dependência da nicotina, uma das substâncias presentes no tabaco. Essa dependência leva o indivíduo a consumir o cigarro de forma contínua, expondo-se a milhares de compostos químicos, sendo pelo menos 70 deles comprovadamente cancerígenos, como o arsênico, o cádmio e o alcatrão.

Quando falamos de cigarros eletrônicos (como vapes ou pods), o cenário não é menos complexo. Eles liberam um aerossol (erroneamente chamado de “vapor”) que contém nicotina em concentrações variáveis, e outras substâncias como o propilenoglicol, glicerina e aditivos de sabor.

A relação do tabagismo com a saúde bucal é direta e devastadora. A fumaça (ou o aerossol) entra em contato direto com a mucosa da boca, os dentes e a gengiva. É nesse contato inicial que o corpo absorve as toxinas, causando uma série de problemas que vão desde a simples estética até doenças potencialmente fatais.

O alerta se estende até mesmo ao chamado “pulmão de pipoca” (bronquiolite obliterante). Assim como mencionamos por aqui, essa doença pulmonar grave foi associada inicialmente ao diacetil, um aditivo de sabor comumente usado em cigarros eletrônicos, que causa inflamação e cicatriz nas vias aéreas. Se substâncias assim podem “cicatrizar” o pulmão, imagine o efeito nocivo na delicada saúde da sua boca, onde o contato é constante.

Do amarelado ao câncer bucal: Os riscos do tabagismo

Os danos do tabagismo na saúde bucal são progressivos e atingem todas as estruturas, de forma sutil no início e agressiva em longo prazo.

1. Estética e mau hálito (halitose)

  • Manchas e amarelamento: A nicotina e o alcatrão se depositam no esmalte dental, causando o escurecimento (ou pigmentação extrínseca), que é difícil de remover apenas com escovação.
  • Halitose (mau hálito): O fumo causa um odor característico e persistente, a chamada “halitose do fumante”, decorrente da própria fumaça e do ressecamento da boca, que favorece a proliferação de bactérias produtoras de mau cheiro.

2. Doença periodontal (gengiva e osso)

Este é um dos riscos mais graves e subestimados. O tabagismo é um dos principais fatores de risco para a doença periodontal, que engloba:

  • Gengivite: Inflamação da gengiva, que fica vermelha e sangra facilmente.
  • Periodontite: A forma avançada da doença, que atinge o osso que sustenta o dente. O fumo prejudica a circulação sanguínea na gengiva e o sistema imunológico, mascarando os sintomas e tornando a progressão da doença mais rápida e agressiva. Aliás, fumantes tendem a sangrar menos, o que retarda o diagnóstico.

O Dr. Frederico ressalta a gravidade: “O tabagismo causa uma vasoconstrição, ou seja, diminui o fluxo de sangue na gengiva. O paciente não vê o sangramento típico e pensa que está tudo bem, mas por dentro, o osso está sendo reabsorvido. A periodontite em fumantes é mais grave, mais difícil de tratar e a principal causa de perda de dentes em adultos.”

3. Risco de câncer bucal

Aqui, o perigo se torna mortal. O tabaco é o fator de risco mais importante para o câncer de boca, que inclui lábios, língua, assoalho da boca, gengivas e céu da boca. Em outras palavras, as substâncias carcinogênicas presentes no cigarro e no vape (como o formaldeído, presente em alguns aerossóis) causam mutações nas células da mucosa bucal, levando ao desenvolvimento de tumores.

O fumo aumenta o risco de câncer bucal em cinco a 10 vezes. Contudo, a boa notícia é que, se detectado precocemente, as chances de cura chegam a 80%. O problema é que, muitas vezes, os primeiros sinais (manchas brancas ou vermelhas que não cicatrizam, feridas persistentes) são ignorados ou confundidos com aftas.

O papel do dentista na prevenção e diagnóstico

Diante de um panorama tão perigoso, a visita regular ao dentista se torna uma estratégia de sobrevivência, especialmente para quem fuma ou tem histórico de tabagismo.

Como o dentista atua na saúde do fumante?

  1. Exame clínico e rastreamento de lesões: O dentista não olha apenas para cáries. Em cada consulta, ele realiza um exame minucioso de toda a boca (língua, gengivas, bochechas, céu e assoalho da boca) para identificar lesões suspeitas. É a sua primeira linha de defesa contra o câncer bucal.
  2. Diagnóstico precoce da periodontite: Com instrumentos específicos, o profissional do Crool Centro Odontológico pode medir a profundidade das bolsas periodontais, diagnosticar a perda óssea e intervir antes que a situação se torne irreversível e culmine na perda dos dentes.
  3. Higiene e remoção de pigmentos: Limpezas profissionais mais frequentes são necessárias para remover o acúmulo de tártaro e as manchas causadas pelo fumo.

Como identificar um quadro de tabagismo (e sair dele)

O diagnóstico do tabagismo como doença deve ser feito por um profissional de saúde, mas o primeiro passo é a sua autoavaliação. Você fuma todos os dias? Tem dificuldade em ficar sem o cigarro?

O dentista, muitas vezes, é o primeiro a notar os sinais físicos do fumo (gengivas pálidas, manchas nos dentes) e pode oferecer a orientação inicial.

O Dr. Frederico Coelho enfatiza a importância da parceria entre o paciente e o profissional: “O dentista pode e deve ser um motivador. Se identificamos um quadro de fumo, nossa responsabilidade é informar o paciente sobre os riscos e encaminhá-lo para o tratamento de cessação do tabagismo. A cessação é o único caminho para reverter a progressão de muitas doenças bucais e sistêmicas.”

Se você é fumante ou usa vape, entenda: você precisa de um cuidado redobrado. Não espere a dor ou a perda de um dente para buscar ajuda.

O Crool como seu aliado contra o tabagismo

Assim como ficou notável até aqui, a saúde bucal não é um detalhe, é o reflexo da sua saúde geral. Além disso, ela é a linha de frente contra doenças graves como o câncer. Dessa forma, o Crool Centro Odontológico, com a experiência e o conhecimento de uma incrível equipe multidisciplinar, é o local ideal para você realizar uma avaliação completa e detalhada.

No Crool, você encontra desde o diagnóstico precoce de lesões pré-cancerígenas e o tratamento especializado da doença periodontal, até as soluções de reabilitação e estética para reparar os danos causados pelo fumo.

Não deixe que o crescimento do tabagismo se torne uma estatística negativa na sua vida. Invista na sua saúde e comece hoje mesmo a proteger seu sorriso e sua vida. Cuidado odontológico? Crool, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.

Fontes: Agência Brasil e Governo do Canadá.

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