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Da cotovelada em campo ao tombo cotidiano: Por que o tempo e
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No turbilhão de informações que nos bombardeiam, algumas descobertas científicas trazem uma nova luz ao que acreditávamos saber. Pois bem, uma notícia recente, veiculada pelo portal Metrópoles, se encaixa nesse caso. Acontece que, o tratamento de canal, por vezes temido, pode impactar diretamente a redução dos níveis de açúcar no sangue.
Parece roteiro de filme de ficção científica, mas é a realidade da ciência em avanço. A matéria destaca um estudo publicado no prestigiado Journal of Translational Medicine que aponta para uma redução significativa na hemoglobina glicada (HbA1c) em pacientes após o tratamento de canal bem-sucedido. Para quem lida com o diabetes, a HbA1c é um indicador crucial do controle glicêmico nos últimos meses – quanto mais baixo, melhor.
Mas, afinal, o que um tratamento que cuida da polpa dentária tem a ver com o metabolismo da glicose no corpo? A chave para desvendar esse mistério reside em um universo invisível, porém poderosíssimo: a microbiota bucal e sua intrínseca relação com a saúde sistêmica.
Imagine a sua boca como um ecossistema complexo, uma metrópole de microrganismos. Assim como já mencionamos por aqui, temos bactérias boas, que nos ajudam a viver mais e melhor, e temos as vilãs, que se proliferam em desequilíbrio.
Quando uma cárie atinge níveis profundos e contamina a polpa do dente (o “coração” do dente, onde ficam nervos e vasos sanguíneos), uma infecção se instala. Essa infecção, muitas vezes crônica e assintomática, é um foco de guerra constante. Os microrganismos presentes no canal radicular não ficam confinados apenas ali. Eles e seus subprodutos podem se espalhar pela corrente sanguínea e atingir o corpo todo, gerando uma inflamação sistêmica de baixo grau.
Para o paciente diabético, essa inflamação crônica é um fator de complicação. O diabetes, por si só, já é uma doença inflamatória. Uma infecção dentária mal resolvida (como a que leva à necessidade de um canal) age como um “incendiário” adicional, dificultando a ação da insulina e, consequentemente, o controle dos níveis de açúcar no sangue.
Quando realizamos o tratamento de canal, a principal missão é remover essa infecção, limpar o canal radicular e selá-lo, eliminando o foco inflamatório. É aí que a mágica acontece – ou melhor, a ciência. Ao remover uma fonte crônica de inflamação e bactérias patogênicas do sistema, o corpo reage.
Para o Dr. Frederico Coelho, fundador do Crool Centro Odontológico e Mestre e Doutor em Implantodontia, o estudo reforça uma perspectiva que a odontologia moderna já vinha observando: “A boca não é um órgão isolado, é um portal. Uma infecção endodôntica crônica, por exemplo, é um estressor metabólico que dificulta a vida do organismo inteiro. Ao tratarmos o canal, estamos literalmente apagando um incêndio que estava exigindo um esforço sistêmico para ser contido. Não é de se espantar que o controle glicêmico melhore, já que o corpo tem menos inflamação para lidar.”
Embora a endodontia, infelizmente, carregue uma fama de procedimento doloroso e complicado, esse receio, por vezes, é infundado.
O tratamento de canal é, na verdade, um procedimento de salvamento. Sua única alternativa real é a extração do dente. Em essência, ele consiste em:
Acesso: O dentista cria uma pequena abertura no dente para acessar a polpa.
Limpeza e instrumentação: Em seguida, remove-se o tecido inflamado ou infeccionado e ocorre a limpeza e modelagem do canal com instrumentos específicos, como pequenas limas.
Desinfecção: Utilizam-se soluções irrigadoras antibacterianas para eliminar qualquer microrganismo remanescente.
Obturação (Preenchimento): O canal limpo é preenchido com um material biocompatível e selado.
Restauração final: O dente é restaurado com uma restauração ou coroa para protegê-lo contra fraturas e recontaminação.
Então, com as técnicas, anestesias e tecnologias atuais, o tratamento é realizado com o máximo de conforto para o paciente. A dor, se existe, é geralmente a dor da infecção antes do tratamento, e não do procedimento em si.
“A maior parte do medo que as pessoas têm do canal é um resquício de técnicas antigas ou da dor que a infecção já instalada provoca,” explica o Dr. Frederico. “Hoje, com a tecnologia de ponta, como os localizadores apicais eletrônicos e os sistemas rotatórios ou reciprocantes, o tratamento é previsível, seguro e, na vasta maioria dos casos, indolor. É um procedimento que preserva o dente na boca e, como agora vemos de forma mais clara, contribui ativamente para a saúde geral.”
O estudo sobre o canal e a glicemia é apenas a ponta do iceberg de um campo de pesquisa vastíssimo: a interconexão entre saúde bucal e saúde sistêmica.
A boca é o espelho do corpo. Você já parou para pensar que doenças podem ser descobertas pelos sintomas na boca? A doença periodontal (gengivite e periodontite), por exemplo, é um fator de risco conhecido e bidirecional para o diabetes: o diabetes dificulta o controle da periodontite, e a periodontite desregula o controle glicêmico.
A pesquisa que une a endodontia ao controle do açúcar no sangue apenas amplia a visão de que não são apenas as doenças gengivais que importam. Qualquer foco infeccioso crônico na cavidade oral — seja ele uma periodontite avançada, um dente com infecção na raiz, ou até mesmo um siso problemático — representa um perigo sistêmico.
O mecanismo é sempre o mesmo: bactérias e inflamação. Dessa forma, ao controlarmos esses fatores no ambiente oral, o corpo todo se beneficia, resultando em:
Melhora na resposta inflamatória.
Redução da carga bacteriana que pode cair na corrente sanguínea (bacteremia).
Melhora indireta em condições sistêmicas, como o controle glicêmico, como sugere o estudo do Journal of Translational Medicine.
No fim, a grande lição que fica dessa descoberta é: não espere a dor chegar. A manutenção regular da saúde bucal é uma estratégia de saúde preventiva integral, que vai muito além de ter um sorriso bonito. É uma forma de autocuidado que impacta diretamente na sua longevidade e na qualidade de vida, especialmente para quem tem condições crônicas como o diabetes.
Em vez de fugir do tratamento de canal por medo, veja-o como um aliado essencial. É um procedimento que não só salva o seu dente da extração, mas que, segundo a ciência mais recente, pode te ajudar a viver de forma mais saudável e com melhor controle metabólico.
Se você está buscando um atendimento odontológico que entende essa relação profunda entre boca e corpo, ou precisa tirar dúvidas sobre a necessidade de um tratamento de canal, o Crool Centro Odontológico está preparado para te acolher. Com uma equipe especializada, o Crool oferece uma odontologia profilática e curativa de excelência, garantindo que seu sorriso e sua saúde sistêmica caminhem juntos. Tratamento odontológico? Crool, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.
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