Imagem ilustrativa de uma placa oclusal.

Você acorda com o rosto dolorido e cansado? Conheça a placa oclusal

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Em um mundo onde a ansiedade e o estresse parecem fazer parte da rotina, não é de surpreender que o nosso corpo comece a dar sinais de sobrecarga em lugares inesperados. Um desses lugares, muitas vezes negligenciado, é a nossa boca.

Por acaso, você já notou um aumento na frequência de um dor de cabeça “sem motivo” ao acordar? Sente um cansaço inexplicável na mandíbula ou, pior, percebe que seus dentes estão ficando mais curtos ou sensíveis?

Pois bem, este é o alarme silencioso do bruxismo, o hábito involuntário de apertar (bruxismo em vigília) ou ranger (bruxismo do sono) os dentes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), este distúrbio de saúde bucal afeta cerca de 40% dos brasileiros. Além disso, sua prevalência tem aumentado significativamente em períodos de maior estresse. Em outras palavras, para cada dez pessoas que você conhece, quatro podem estar travando uma batalha noturna (ou diurna) com a própria mordida. E é aí que entra a placa oclusal.

Um caso clínico com placa oclusal

Veja bem, Sofia, uma jovem executiva de 35 anos, buscou o dentista após meses de dores de cabeça. A tensão era tão persistente que nem o mais potente analgésico parecia resolver. Ela relatava que a dor irradiava da região das têmporas para o pescoço e que sentia a face “pesada” pela manhã.

Após uma avaliação minuciosa, que incluiu análise da mordida, da musculatura da face e da Articulação Temporomandibular (ATM), aquela “dobradiça” que conecta a mandíbula ao crânio, o Dr. Frederico Coelho, fundador do Crool, Mestre e Doutor em Implantodontia, deu o diagnóstico: bruxismo do sono, levando a uma Disfunção Temporomandibular (DTM) de origem muscular. A solução indicada? Uma placa oclusal.

“O caso da Sofia é um retrato comum na clínica. Muitas vezes, o paciente trata a dor de cabeça com neurologista ou a dor cervical com fisioterapeuta, sem saber que a origem está na sobrecarga que a mandíbula está exercendo sobre a ATM e os músculos da face e do pescoço,” comenta o Dr. Frederico. “A placa oclusal, no contexto do bruxismo, atua como um verdadeiro ‘para-choque’ para o sistema estomatognático.”

A diferença na ponta do dente: Placa oclusal vs. placa miorrelaxante

Se você já pesquisou sobre o tema, deve ter se deparado com diversos nomes: placa de mordida, placa para bruxismo, placa miorrelaxante, placa estabilizadora… A confusão é compreensível, mas, na prática clínica séria, esses termos geralmente se referem a variações de um mesmo dispositivo interoclusal removível, sendo a placa oclusal um termo mais abrangente.

De forma geral, o termo mais preciso e com respaldo científico para o tratamento do bruxismo e DTMs musculares é a placa oclusal de estabilização ou, mais popularmente, placa miorrelaxante.

O que é e como funciona a placa oclusal?

Uma placa oclusal é um dispositivo intraoral, feito sob medida, que se encaixa na arcada dentária (geralmente na superior) e cobre as superfícies de mastigação dos dentes.

O mecanismo de ação não é simplesmente “evitar o ranger”, mas sim criar uma nova superfície de mordida, ideal e temporária.

  1. Proteção mecânica: O material, quase sempre um acrílico rígido e polimerizado em laboratório, atua como uma barreira física. Se você range ou aperta os dentes, é a placa que absorve essa força, e não o esmalte dentário, prevenindo o desgaste, trincas ou até fraturas dentárias.

  2. Estabilidade ortopédica: A placa é projetada para ter uma superfície de contato plana. Ao usá-la, a mandíbula é guiada para uma posição de maior estabilidade musculoesquelética para a ATM e para a musculatura. Isso ajuda a “desprogramar” os músculos, impedindo que eles continuem a se contrair de forma excessiva.

  3. Redução da atividade muscular: A nova posição e a resposta sensorial que a placa proporciona ao cérebro (por meio de sensores nervosos nos dentes e articulação) ajudam a diminuir a intensidade e a frequência das contrações musculares involuntárias. É como se o cérebro recebesse uma informação de que “está tudo bem, não precisa apertar”.

A placa miorrelaxante e o foco no músculo

Quando um dentista se refere à placa miorrelaxante, ele está falando da placa oclusal de estabilização rígida. O termo miorrelaxante (mio = músculo, relaxante = que relaxa) enfatiza o principal objetivo desse dispositivo no tratamento das DTMs musculares e do bruxismo: diminuir a hiperatividade dos músculos da mastigação.

É crucial entender que placas de silicone (ou outros materiais flexíveis) NÃO são placas oclusais de estabilização e são frequentemente desaconselhadas para uso prolongado no tratamento de bruxismo. O Dr. Frederico Coelho reforça:

“Existe uma confusão perigosa no mercado com a venda de protetores bucais ou placas flexíveis genéricas. No Crool, sempre enfatizamos que a placa deve ser de acrílico rígido e ajustada individualmente. A placa flexível pode, na verdade, aumentar a atividade muscular, pois o paciente inconscientemente tenta morder o material macio, intensificando o hábito de apertamento, o que chamamos de ‘efeito chiclete’,” adverte o especialista. “A verdadeira placa oclusal de estabilização é um tratamento médico-odontológico que exige precisão e acompanhamento no consultório.”

Você precisa de uma placa oclusal?

A indicação da placa oclusal, como reitera o Dr. Frederico, só pode ser feita após um diagnóstico preciso por um cirurgião-dentista qualificado. Contudo, há sinais claros de que o seu corpo pode estar pedindo essa ajuda:

  • Dor de cabeça tensional matinal: Dores que se iniciam na têmpora e que são mais intensas ao acordar e diminuem ao longo do dia.

  • Cansaço ou dor na mandíbula/face: Sentir os músculos da face doloridos ou a mandíbula cansada, especialmente no início do dia.

  • Desgaste visível dos dentes: Dentes que parecem “achatados”, lascados ou com trincas. O desgaste pode levar à sensibilidade dentária.

  • Dificuldade de abertura da boca (Trismo): Sentir-se limitado ao abrir a boca ou mastigar, podendo estar acompanhado de dores.

  • Estalos e ruídos na ATM: Sentir ou ouvir “cliques” ou estalos na articulação da mandíbula ao abrir ou fechar a boca.

  • Zumbido no ouvido ou dor de ouvido sem causa otorrinolaringológica: Muitas vezes, a tensão muscular da face irradia para a região do ouvido.

E o que acontece se eu não usar?

Essa é uma pergunta fundamental, e não precisa se alarmar, mas é sempre bom ter bom senso. Se um dentista qualificado indicou a placa, é porque há um risco real de progressão do quadro.

Não usar a placa oclusal não resultará em uma catástrofe imediata, mas sim em um desgaste cumulativo. O bruxismo não tratado é como uma “erosão” silenciosa:

  1. Dano dentário irreversível: O esmalte dentário, a camada protetora dos seus dentes, é perdido de forma gradual. Esse desgaste leva à necessidade de restaurações extensas, coroas ou até mesmo à perda de dentes, comprometendo a estética e a função mastigatória.

  2. Progressão da DTM: A sobrecarga constante na ATM pode levar a problemas articulares mais graves, como inflamação crônica, degeneração óssea e deslocamento do disco articular, resultando em dores mais intensas e crônicas e em limitações funcionais da mandíbula.

  3. Dor crônica: A hiperatividade muscular e a inflamação da ATM tendem a cronificar a dor, afetando a qualidade de vida, o sono e o bem-estar emocional, além de perpetuar as dores de cabeça e cervicais.

Em suma, não usar a placa quando indicada é um convite para que o problema evolua de um sintoma para uma doença de tratamento mais complexo e custoso.

Crool Centro Odontológico: Precisão e humanização no tratamento

O tratamento do bruxismo e das DTMs é muito mais do que a simples entrega de uma placa. É um processo que exige diagnóstico detalhado, tecnologia de ponta e um olhar humanizado para a origem do estresse do paciente. No Crool, a abordagem é integrada, utilizando o que há de mais moderno na odontologia.

O Dr. Frederico Coelho destaca que, no Crool, realizam a confecção da placa oclusal com a máxima precisão, muitas vezes utilizando escaneamento digital ao invés das tradicionais moldagens. Isso garante um ajuste perfeito, maior conforto e eficácia do dispositivo.

“A precisão da placa é tudo. No Crool, utilizamos a tecnologia para garantir que o dispositivo seja o mais anatômico possível. A placa bem ajustada não só protege os dentes, mas também inicia o processo de relaxamento muscular, algo fundamental para o alívio da dor,” explica o Dr. Frederico. “Nossa equipe multidisciplinar avalia cada caso para oferecer um tratamento completo, que pode incluir, além da placa, terapia de reeducação de hábitos e, se necessário, o encaminhamento para outras especialidades da saúde, como a Fisioterapia ou a Psicologia, tratando o paciente como um todo.”

Se você se identificou com os sintomas ou se o seu sorriso já mostra os sinais de um dia a dia muito apertado, não perca tempo. O Crool Centro Odontológico é o local ideal para buscar uma avaliação precisa e iniciar o uso da placa oclusal de estabilização correta. Proteja seu sorriso e garanta o seu bem-estar. Cuidado odontológico? CROOL, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.

Fonte: CRO MG

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