Um senhor de 70 anos com bigode sentado na cadeira do dentista para uma profilaxia odontológica.

Profilaxia odontológica: A limpeza deve estar na lista de cuidados pré-cirúrgicos

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Cada avanço da ciência nos lembra da complexidade e da interconexão do corpo humano. Assim como frisamos por aqui: a boca não é uma ilha. Portanto, o que acontece ali dentro reverbera em todo o organismo, especialmente em momentos de grande fragilidade, como o período de uma cirurgia. Pois bem, é aí que entra a profilaxia odontológica.

Recentemente, um estudo japonês ressaltou a importância que uma limpeza ou consulta de rotina ao dentista pode fazer nos protocolos de saúde. Como reflexo disso, chegou a hora de falarmos sobre repensar o clássico check-up pré-operatório.

A ligação entre a profilaxia odontológica e a alta hospitalar

No estudo em questão, pesquisadores japoneses investigaram a eficácia da profilaxia odontológica, a popular “limpeza de dente”, na redução ou prevenção de infecções graves após procedimentos cirúrgicos, dando um foco especial à pneumonia. O resultado, embora já esperado pela comunidade odontológica, surpreendeu a área da saúde geral: pacientes que receberam tratamento odontológico prévio apresentaram riscos significativamente menores de desenvolver pneumonia pós-operatória.

Todavia, o impacto foi além da prevenção de infecções. O mesmo estudo revelou que esses pacientes, com a saúde bucal em dia, tiveram um tempo de permanência hospitalar menor. Em outras palavras, um cuidado relativamente rápido no dentista se traduziu em uma recuperação mais eficiente e rápida. Isso liberou o paciente para voltar para casa mais cedo e diminuiu o custo hospitalar geral.

A pneumonia pós-operatória é uma das complicações mais temidas em hospitais, muitas vezes ligada à aspiração de secreções orais que estão carregadas de bactérias. O que o estudo japonês faz, de forma contundente, é colocar o combate a essa bactéria, por meio de uma boca limpa, no centro da estratégia de segurança do paciente cirúrgico.

Mais do que estética, uma questão de saúde sistêmica

Para muitos, a profilaxia odontológica é apenas a remoção de tártaro e a garantia de um sorriso mais brilhante. Na verdade, ela é a base da Odontologia Sistêmica, uma área que estuda a intrínseca relação entre a saúde bucal e o bem-estar do corpo como um todo.

A profilaxia, que inclui a raspagem de tártaro, a remoção de biofilme (placa bacteriana) e o polimento dos dentes, é a linha de defesa primária contra as doenças periodontais (gengivite e periodontite) e cáries.

“O que a população geral precisa entender é que cárie e periodontite não são apenas ‘problemas de dente’. Elas são infecções ativas”, explica o Dr. Frederico Coelho, fundador do Crool Centro Odontológico, Mestre e Doutor em Implantodontia. “Quando um paciente tem uma gengiva inflamada ou uma bolsa periodontal profunda, ele está, literalmente, com uma ferida aberta na boca. As bactérias ali presentes têm acesso direto à corrente sanguínea“.

E é exatamente aí que a preparação para uma cirurgia se torna crítica.

Como a boca deficiente sabota seu corpo

Antes de tudo, uma saúde bucal deficiente age como um “portal de entrada” para uma série de problemas que vão muito além da dor de dente. Em um contexto cirúrgico, o perigo é elevado exponencialmente:

  1. A ‘carga’ bacteriana e o risco de infecção: O biofilme dental (placa) e o tártaro são depósitos massivos de bactérias. Se o paciente for submetido a uma cirurgia (especialmente de grande porte ou em órgãos vitais como o coração ou articulações), essas bactérias podem ser aspiradas (levando à pneumonia, como visto no estudo japonês) ou entrar na corrente sanguínea. Uma vez na circulação, elas podem viajar para o local da incisão cirúrgica ou para órgãos enfraquecidos, causando infecções sérias como a endocardite bacteriana (infecção do coração) ou complicações em próteses articulares.
  2. Inflamação sistêmica: A doença periodontal é um processo inflamatório crônico. Essa inflamação não fica restrita à boca. Na verdade, ela gera mediadores inflamatórios que circulam pelo corpo. Em um organismo que já está sob o estresse de uma cirurgia e do processo de cicatrização, essa inflamação adicional é um peso desnecessário, podendo retardar a recuperação e comprometer a resposta imunológica.
  3. Complicações em doenças crônicas: A presença de infecções bucais comprovadamente dificulta o controle de doenças como o Diabetes Mellitus. Um paciente diabético mal controlado já tem um risco maior de infecções e problemas de cicatrização após a cirurgia. Remover as infecções bucais é um passo fundamental para otimizar a saúde geral antes de um procedimento invasivo.

“A profilaxia age como um ‘zerar o placar’ de bactérias. É uma medida preventiva de baixíssimo risco que impacta diretamente a segurança do paciente em uma cirurgia. Não se trata de vaidade, mas de diminuir a morbidade e o risco de morte”, enfatiza o Dr. Frederico.

A evolução do cuidado: AirFlow e a profilaxia do futuro

A odontologia moderna, felizmente, evoluiu para otimizar essa experiência essencial. Esqueça aquela limpeza demorada, que causa sensibilidade e parece desconfortável. A tecnologia veio para tornar a profilaxia um momento de conforto e máxima eficiência.

Um dos maiores avanços nesse sentido é o equipamento AirFlow.

O AirFlow utiliza um jato de ar, água aquecida e um pó extremamente fino (geralmente à base de eritritol), que é menos abrasivo que os pós tradicionais, para remover o biofilme (placa) e manchas em segundos. É um método:

  • Mais confortável: A água aquecida elimina o desconforto da água gelada, e a técnica de jato de pó é muito menos invasiva do que as curetas metálicas ou os ultrassons tradicionais em algumas etapas do procedimento.
  • Mais eficaz: O jato consegue acessar áreas que as ferramentas convencionais mal alcançam, como sulcos da gengiva, ao redor de restaurações, próteses e implantes.
  • Mais rápido: O tempo de cadeira é reduzido, otimizando o seu tempo e a rotina do dentista.

“No Crool, investimos em tecnologias como o AirFlow justamente porque nossa prioridade é a excelência clínica e o conforto. Se o paciente se sente bem e sem dor, ele adere melhor à rotina de prevenção e faz a profilaxia regularmente. Isso, como vimos, tem impactos sistêmicos importantíssimos, principalmente antes de uma cirurgia”, afirma o Dr. Frederico Coelho.

Onde e quando fazer: A decisão que salva a cirurgia

A orientação é clara: se você tem uma cirurgia eletiva agendada, seu primeiro passo após a liberação médica deve ser uma avaliação odontológica. O ideal é que a profilaxia e qualquer tratamento necessário (como a remoção de cáries ou tratamento periodontal) sejam concluídos pelo menos duas a quatro semanas antes do procedimento cirúrgico para permitir a completa cicatrização dos tecidos bucais.

O acompanhamento odontológico regular, a cada seis meses ou de acordo com a recomendação do especialista, não deve ser visto como um luxo, mas como uma manutenção de saúde essencial.

Para uma avaliação completa da sua saúde bucal, alinhada com as mais recentes evidências científicas e a tecnologia que prioriza o seu conforto, o Crool Centro Odontológico é o seu parceiro ideal. A clínica conta com o equipamento AirFlow e uma equipe multidisciplinar que está preparada para oferecer o cuidado preventivo de alto nível que garante não apenas um sorriso saudável, mas a segurança de todo o seu corpo, antes e depois de qualquer desafio cirúrgico. Cuidado odontológico? Crool, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.

Fonte: PLOS One.

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