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Entenda a importância da saliva para a saúde, os riscos da xerostomia
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A saúde bucal tem saído da “geladeira” dos temas isolados de saúde e ganhado, merecidamente, os holofotes do noticiário. Se antes a cárie e o mau hálito eram as únicas preocupações que ligávamos ao dentista, hoje, a ciência nos mostra que a boca é, na verdade, um verdadeiro portal para o restante do corpo. E, nesse cenário, uma “vilã” silenciosa e incrivelmente comum tem se destacado: a periodontite.
Você já ouviu falar dela, talvez como um problema de gengiva que sangra ou um dente que amolece. Mas a periodontite é muito mais do que isso. Ela não é apenas uma doença: é um sinal de alerta de que a sua saúde sistêmica — ou seja, a saúde do seu corpo como um todo — pode estar em risco.
Em um mundo onde as doenças crônicas como diabetes e problemas cardíacos dominam as estatísticas, ignorar a saúde da sua gengiva é como deixar uma porta aberta para complicações sérias. A seguir, vamos mergulhar no que é essa doença, desvendar sua perigosa conexão com o seu corpo e, o mais importante, mostrar como você pode combatê-la.
Muitas vezes, a periodontite é a “segunda fase” de um problema que começa de forma discreta, a gengivite. Pense assim: a gengivite é o aviso, o alarme inicial. Por outro lado, a periodontite é o incêndio que se propaga.
Tudo começa com a placa bacteriana, aquela camada incolor e pegajosa que se forma nos dentes. Se você não a remove adequadamente com a escovação e o uso do fio dental, ela endurece e se transforma em tártaro. O tártaro irrita as gengivas, causando a gengivite, caracterizada pelo inchaço e, principalmente, pelo sangramento fácil (aquele “rosinha” na hora de escovar).
A tragédia se instala quando essa inflamação crônica não é tratada. A infecção avança da gengiva e começa a destruir os tecidos mais profundos que dão suporte aos dentes, incluindo o osso alveolar e os ligamentos periodontais. É aqui que o bicho pega: essa destruição progressiva é a periodontite.
Para o Dr. Frederico Coelho, fundador do Crool Centro Odontológico, Mestre e Doutor em Implantodontia, e uma das maiores autoridades do país, o diagnóstico precoce é crucial. “A periodontite é, por natureza, uma doença silenciosa. Ela avança gradualmente, muitas vezes sem dor intensa, até que o paciente percebe a retração da gengiva ou a mobilidade do dente. Quando o osso começa a ser perdido, estamos em um estágio avançado. A nossa missão no Crool é intervir antes que esse dano se torne irreversível”, explica o Dr. Frederico.
Pois bem, se você ainda acha que o problema para no dente mole, prepare-se para o plot twist científico da década. A periodontite é, essencialmente, uma infecção e inflamação crônica. E o que é crônico na boca não fica restrito a ela.
O mecanismo é direto e assustador: as bactérias que causam a periodontite e as substâncias químicas inflamatórias (os mediadores inflamatórios) produzidas pelo seu corpo em resposta a essa infecção podem cair na corrente sanguínea. É como se a sua gengiva fosse um campo de batalha aberto, e os “soldados” (bactérias e moléculas inflamatórias) estivessem fugindo para o resto do corpo.
Diante disso, a relação entre a saúde bucal e o coração tem sido um dos temas mais estudados da cardiologia. Afinal, a periodontite aumenta o risco de doenças cardiovasculares, incluindo aterosclerose (o endurecimento das artérias), infarto do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“Existem estudos robustos que indicam que pacientes com periodontite grave podem ter um risco até duas vezes maior de sofrer um infarto ou AVC. As bactérias da boca e a inflamação que elas geram podem contribuir para a formação de placas nas artérias,” comenta o Dr. Frederico. A inflamação sistêmica crônica, iniciada na gengiva, é como um “combustível” que acelera o processo de entupimento dos vasos sanguíneos.
Essa é, talvez, a conexão mais documentada e bidirecional da odontologia. O Diabetes Mellitus (DM) e a periodontite se retroalimentam:
Para o Dr. Frederico Coelho, o tratamento periodontal em pacientes diabéticos é uma questão de vida. “Tratar a periodontite em um paciente diabético não é apenas salvar os dentes, é uma estratégia real para ajudá-lo a ter um melhor controle da glicose e, consequentemente, reduzir o risco de complicações graves do diabetes, como as renais e as retinopatias.”
Além do coração e do diabetes, a periodontite tem sido associada a:
Se o impacto sistêmico já não fosse suficiente, as consequências diretas na boca são devastadoras. Embora a cárie seja a principal causa da perda dentária no Brasil, segundo a USP, a periodontite é a principal causa de perda de dentes em adultos.
Antes de tudo, na periodontite em estágio avançado, o osso que sustenta o dente é corroído pela infecção. Então, sem esse suporte, o dente começa a amolecer (mobilidade dental). Em estágios avançados, o dente fica tão frouxo que a mastigação se torna dolorosa, e a única solução é a extração.
Além disso, à medida que o osso e os tecidos se retraem, a raiz do dente fica exposta (o dente parece mais longo). A retração gengival não é só um problema estético, ela expõe o cemento e a dentina, causando intensa sensibilidade dentária ao frio, quente e doce.
Por sua vez, abscessos são acúmulos de pus que se formam nas bolsas gengivais profundas. Dessa forma, ocorre inchaço localizado, dor intensa e pode haver drenagem de pus e secreção. Se não tratados rapidamente, podem levar à destruição acelerada dos tecidos e à perda do dente.
A periodontite, de fato, se esconde, mas ela deixa rastros. Saber identificá-los é o primeiro passo para reestabelecer sua saúde bucal.
Visto que a periodontite pode ser indolor em fases iniciais, a autodiagnóstico é perigoso. É aqui que o profissional entra em cena.
“Somente o dentista, através de um exame clínico detalhado e do uso de uma sonda periodontal, pode medir a profundidade das bolsas e confirmar a perda óssea com radiografias,” enfatiza o Dr. Frederico Coelho.
O tratamento da periodontite, na maioria dos casos, envolve a raspagem e alisamento radicular. Em outras palavras, é a limpeza profunda da placa e do tártaro que se alojaram nas raízes, abaixo da linha da gengiva. Além disso, em casos mais graves, podem ser necessárias cirurgias periodontais para acesso total às raízes ou até procedimentos regenerativos para tentar recuperar parte do osso perdido.
A boa notícia é que a periodontite é amplamente prevenível. As estratégias são simples, mas exigem disciplina, como qualquer bom hábito de saúde.
Para o Dr. Frederico Coelho, a prevenção é o melhor investimento. “Muitas vezes, a prevenção da periodontite é a prevenção de um futuro problema cardíaco ou a chave para um melhor controle do diabetes. É uma relação custo-benefício que não tem preço.”
Se você identificou qualquer um dos sinais de alerta — aquele sangramento “inocente”, um mau hálito que não some ou dentes que parecem mais longos —, a hora de agir é agora. O tempo é crucial para preservar o osso de suporte e evitar a perda dentária e as complicações sistêmicas.
O Crool Centro Odontológico é o local ideal para você agendar uma avaliação periodontal completa. Com a expertise de um corpo clínico especializado e o olhar atento de quem entende a saúde bucal como parte da saúde integral, você receberá um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado. Cuidado odontológico? Crool, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.
Fonte: Jornal da USP.
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