Julho Amarelo: Como a hepatite pode afetar sua saúde bucal

No Brasil, o Julho Amarelo é um mês dedicado à conscientização e combate às hepatites virais, um grupo de doenças silenciosas que afetam milhões de pessoas no mundo. Mas calma, estamos aqui com uma notícia boa. Nos últimos dez anos, o Brasil tem mostrado uma verdadeira virada de jogo na luta contra essas doenças, especialmente com o avanço da vacinação.

Segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o país registrou uma queda impressionante na mortalidade por hepatite B e C. Entre 2014 e 2024, a mortalidade por hepatite B caiu 50%, e a por hepatite C, 60%. Isso significa que menos pessoas estão morrendo devido a essas condições, o que é um baita avanço em direção à meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de reduzir os óbitos por hepatites virais em 65% e a incidência em 90% até 2030. Faz parte do jeitinho brasileiro virar o placar de um jogo difícil, não é mesmo?

Certo, mas e o que isso tem a ver com a sua boca? Ora ora, muito mais do que você imagina. Assim como reforçamos por aqui, a saúde bucal é um espelho da nossa saúde geral, e condições como a hepatite podem impactar dentes e gengivas.

Os sinais que a hepatite pode deixar na sua boca

Quando falamos de hepatite, a atenção geralmente se volta para o fígado, o órgão mais afetado. No entanto, os impactos da doença podem ser sistêmicos, ou seja, atingem o corpo todo, incluindo a boca. “Embora nem sempre seja evidente, pacientes com hepatite podem apresentar algumas manifestações orais específicas, que são verdadeiros alertas”, explica o Dr. Frederico Coelho, Mestre e Doutor em Implantodontia, e fundador do CROOL Centro Odontológico.

Entre os sintomas bucais mais comuns, destacam-se:

• Sangramento gengival: Um dos sinais mais frequentes é o sangramento da gengiva. Isso ocorre porque o fígado, afetado pela hepatite, pode ter dificuldade em produzir fatores de coagulação, que são essenciais para estancar sangramentos. Em outras palavras, seu sangue precisa de células que trabalhem para parar um pequeno sangramento, e o fígado é o órgão que as produz. Portanto, se o fígado está comprometido, menos células atuam na coagulação de sangramentos.
• Boca seca (Xerostomia): A sensação de boca seca, ou xerostomia, também é bastante comum. Isso pode ser um efeito colateral de alguns medicamentos usados no tratamento da hepatite ou até mesmo uma manifestação da própria doença, principalmente hepatite C. A saliva é fundamental para proteger os dentes contra cáries e infecções.
• Infecções bucais: Pacientes com hepatite podem ter o sistema imunológico mais enfraquecido, tornando-os mais suscetíveis a infecções na boca, como candidíase (aquela “sapinho” que parece umas placas brancas na língua e na bochecha) ou úlceras.

Trabalho em equipe: Médico e dentista juntos pela sua saúde

A comunicação entre seu médico e seu dentista é essencial para garantir o melhor cuidado para você, especialmente se você tem hepatite. Afinal, cada profissional tem uma peça importante do quebra-cabeça da sua saúde. “É crucial informar seu dentista sobre qualquer condição médica, como a hepatite, para que ele possa planejar o tratamento mais seguro e eficaz”, enfatiza o Dr. Frederico Coelho. “No CROOL, garantimos a integração das informações para um cuidado completo, com um prontuário detalhado que considera todas as suas condições de saúde.”

Essa integração é fundamental para que o dentista possa, por exemplo, ajustar o plano de tratamento, prescrever medicações específicas ou até mesmo entrar em contato com o médico para entender melhor o estágio da doença e as necessidades do paciente.

Cuidados odontológicos específicos para pacientes com hepatite

Se você tem hepatite, a boa notícia é que com os cuidados certos, sua saúde bucal pode ser mantida em dia. “Para pacientes com condições sistêmicas como a hepatite, a atenção redobrada à saúde bucal é fundamental”, afirma o Dr. Frederico. “No CROOL, nossos especialistas estão aptos a oferecer um atendimento multidisciplinar, seguro e personalizado, considerando as particularidades de cada caso.”

Aqui vão algumas dicas de ouro para você:

1. Higiene bucal rigorosa: Quer saber a rotina ideal de higiene bucal? Escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia com creme dental fluoretado e use fio dental diariamente. Isso é o básico, mas para quem tem hepatite, é ainda mais importante para prevenir cáries e doenças periodontais.
2. Visitas regulares ao dentista: Não dê mole! Faça consultas de rotina a cada seis meses, ou conforme a recomendação do seu dentista. Ele poderá identificar precocemente qualquer alteração e agir rapidamente.
3. Relate qualquer sintoma: Seja sincero com seu dentista sobre qualquer sangramento, secura na boca, dor ou lesão que apareça. Seu relato é uma peça-chave para o diagnóstico e tratamento.
4. Hidratação: Beba bastante água para combater a boca seca. Isso ajuda a estimular a produção de saliva e a proteger seus dentes.
5. Evite álcool e tabaco: Se você tem hepatite, essas substâncias já são inimigas do seu fígado. Para a boca, elas também são um desastre, aumentando o risco de câncer bucal e outras infecções.

Diagnóstico precoce e tratamento contínuo

Assim como a vacinação que tem salvado vidas, o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo são pilares para quem convive com a hepatite. Quanto antes a doença é identificada, maiores as chances de um tratamento eficaz e de evitar complicações graves, tanto no fígado quanto na boca. Não subestime os sinais que seu corpo e sua boca podem te dar. Fique atento, converse com seu médico e dentista, e lembre-se: cuidar da sua boca é cuidar de você por inteiro. Tratamento odontológico? CROOL, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.

Fontes: Medicina S/A, National Library of Medicine e Journal of IMAB.