Três adultos fantasiados para o Halloween em plano médio. Do lado esquerdo temos um vampiro, no meio temos um fantasma segurando uma placa escrita "FANTASMA DO BRUXISMO" e do lado direito temos uma bruxa.

O bruxismo te assombra? Saiba como identificar e tratar

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Hoje é 31 de outubro, o famoso Dia das Bruxas ou, como é mais conhecido internacionalmente, Halloween. É a data em que, por tradição, monstros, fantasmas e figuras assustadoras saem de seus esconderijos para aterrorizar – de brincadeira, é claro. Mas, e se eu te disser que existe uma “bruxa” que assombra silenciosamente sua saúde bucal, e que o nome dela soa curiosamente familiar? Sim, estamos falando do bruxismo. Não, ele não tem vassoura nem chapéu pontudo, mas o seu impacto pode ser bem mais real e doloroso do que qualquer lenda urbana.

Imagine a cena: Você trabalha muito, tem uma rotina agitada e prazos apertados. Dorme de sete a oito horas por noite, mas acorda todas as manhãs com a sensação de que não descansou de verdade. Sente um incômodo persistente na têmpora ou na nuca, uma dor de cabeça tensional que te acompanha desde o café da manhã. Sua mandíbula está sempre um pouco dolorida, e quem já dormiu contigo mencionou ter ouvido um ranger de dentes estranho vindo do seu lado da cama.

Pois bem, a maioria das pessoas, ignora. Acha que é estresse, cansaço, a má postura na frente do computador. Mal sabem elas que estão sendo vítimas do bruxismo, uma condição que afeta milhões de brasileiros, silenciosamente destruindo seus dentes e comprometendo sua qualidade de vida.

O bruxismo é, de fato, o “Dia das Bruxas” da sua boca – uma manifestação involuntária e muitas vezes noturna (mas que também pode ocorrer durante o dia) de apertamento ou ranger dos dentes. É um problema sério que merece atenção, porque, sem tratamento, ele tem o poder de desgastar sua saúde.

O que é o bruxismo e como ele se manifesta?

O bruxismo é classificado como um distúrbio do movimento relacionado ao sono (no caso do bruxismo do sono) ou como um hábito parafuncional (no caso do bruxismo de vigília). Ele caracteriza-se pela atividade repetitiva dos músculos da mastigação, que pode se manifestar de duas formas principais:

  1. Ranger dos dentes (cêntrico): Onde há o atrito entre as superfícies dentárias, produzindo o som característico.
  2. Apertamento dos dentes (excêntrico): Onde o paciente apenas pressiona os dentes uns contra os outros com força excessiva, sem o movimento de fricção, sendo mais silencioso e, por isso, mais difícil de ser notado.

Ambos os tipos de bruxismo aplicam uma força descomunal e totalmente desnecessária sobre os dentes, os músculos da face e a Articulação Temporomandibular (ATM), que é a articulação que conecta a mandíbula ao crânio – e que é a chave para o movimento da sua boca.

Sinais de alerta: Como desmascarar o bruxismo?

Os sinais dessa “assombração bucal” são diversos, mas claros:

  • Desgaste e fraturas dentárias: O sinal mais óbvio. Os dentes ficam com as bordas “achatadas” ou com pequenas rachaduras.
  • Dores musculares: Dor na face, no pescoço, na mandíbula ao acordar, e a sensação de cansaço nos músculos mastigatórios.
  • Dores de cabeça tencionais: Muitas vezes confundidas com enxaqueca ou estresse, elas são causadas pela sobrecarga muscular.
  • Hipertrofia do músculo masseter: O músculo da bochecha (masseter) pode ficar mais desenvolvido devido ao esforço constante, mudando sutilmente o contorno facial.
  • Zumbido no ouvido e dor na ATM: A proximidade da articulação com o ouvido faz com que o bruxismo possa causar esses sintomas.
  • Estalos ao abrir e fechar a boca: Um sintoma claro de disfunção na Articulação Temporomandibular (DTM).

O estresse e a ansiedade: A poção mágica do bruxismo

É praticamente impossível falar de bruxismo sem mencionar a tríade: estresse, ansiedade e estilo de vida.

O bruxismo é frequentemente comparado a um “escape” psicossomático. Quando estamos sob pressão, o corpo encontra maneiras de liberar essa tensão. Assim como algumas pessoas roem as unhas, outras descarregam a energia acumulada na mandíbula, através da tensão muscular.

Para o Dr. Frederico Coelho, fundador do Crool Centro Odontológico, Mestre e Doutor em Implantodontia, a relação é direta e alarmante:

“O bruxismo é, muitas vezes, um termômetro do nosso estado emocional. Vivemos em uma sociedade de alta performance, e essa carga emocional e psicológica é transposta para o sistema mastigatório. O apertamento e o ranger dos dentes se tornam uma resposta inconsciente do corpo ao estresse crônico, à ansiedade e, em alguns casos, a distúrbios do sono como a apneia.”

Além disso, o especialista do Crool frisa que a pandemia da COVID-19, por exemplo, trouxe um aumento significativo nos casos. O isolamento, a incerteza e a mudança drástica na rotina serviram como um gatilho poderoso para a manifestação ou o agravamento do problema. É uma prova de que fatores psicológicos e externos, como o ambiente de trabalho e as preocupações financeiras, têm um papel crucial no desenvolvimento dessa condição.

Exorcizando o problema com identificação e tratamento

A boa notícia, diferentemente das lendas de Halloween, é que podemos identificar o bruxismo e tratá-lo com eficácia.

A primeira e mais importante etapa é a visita ao dentista. Somente um profissional qualificado pode identificar os sinais de desgaste e a tensão muscular, muitas vezes antes mesmo que o paciente sinta dor intensa.

O Dr. Frederico ressalta a importância da avaliação completa:

“Não existe ‘achismo’ no diagnóstico do bruxismo. É preciso uma avaliação clínica detalhada, que pode incluir a análise dos músculos faciais, da ATM e a observação minuciosa do desgaste dentário. Um diagnóstico precoce, feito por um dentista que entende a complexidade do problema, evita anos de dor e a necessidade de reabilitações dentárias extensas.”

O tratamento é multifatorial, ou seja, envolve diversas abordagens para atacar tanto o sintoma quanto a causa:

  1. Placas oclusais (Miolaxantes): A ferramenta mais comum. São dispositivos de acrílico, feitos sob medida, que se encaixam sobre os dentes. Elas não “curam” o bruxismo, mas funcionam como um escudo protetor, absorvendo a força da mordida, evitando o desgaste dentário e auxiliando no relaxamento da musculatura.
  2. Acompanhamento psicológico: Por ser altamente ligado ao estresse e à ansiedade, terapias de relaxamento, meditação e, em casos mais graves, o acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra, são cruciais para gerenciar a causa raiz do problema.
  3. Técnicas de Biofeedback: Principalmente para o bruxismo de vigília. Consiste em se policiar para não apertar os dentes durante o dia (por exemplo, deixando lembretes no celular ou na tela do computador), mantendo a mandíbula relaxada.
  4. Toxina Botulínica (Botox): Em casos severos, podemos utilizar a aplicação de toxina botulínica nos músculos mastigatórios (principalmente o masseter). Ela provoca um relaxamento muscular temporário, reduzindo drasticamente a força do apertamento e o alívio da dor. É uma terapia complementar e deve ser realizada por um profissional habilitado.
  5. Fisioterapia e terapia manual: Exercícios específicos e massagens na musculatura facial e cervical ajudam a liberar a tensão acumulada.

Onde encontrar a solução?

A melhor forma de identificar e tratar o bruxismo é através de um acompanhamento odontológico contínuo.

Se você se identificou com os sintomas de dor de cabeça, desgaste dentário ou se o seu parceiro já notou o ranger dos seus dentes durante a noite, é hora de procurar uma avaliação completa da sua saúde bucal.

O Crool Centro Odontológico oferece uma avaliação completa, desde a profilaxia de rotina até o diagnóstico e tratamento de condições complexas como o bruxismo e a Disfunção Temporomandibular (DTM).

Para ter a certeza de que a sua saúde bucal está em dia e para exorcizar de vez essa “bruxa” noturna, a consulta com o dentista é o primeiro e mais importante passo. Afinal, dentes saudáveis e uma mandíbula relaxada garantem um sono tranquilo e uma qualidade de vida muito melhor. Não deixe que o bruxismo te assombre. Cuidado odontológico? Crool, é lógico. Clique aqui e agende sua avaliação.

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